Como seria se pudéssemos nos jogar dos lugares mais altos, só pra sentir a sensação de voar? Como seria se todas as vezes que sentíssemos vontade de gritar, simplesmente o fizéssemos? Se não nos preocupassemos com julgamentos alheios, se apenas nos importássemos com nossas próprias vidas e nossas respectivas felicidades.
Como seria o mundo se não tivéssemos vergonha de dizer: "eu te amo", se passássemos a realmente prestar atenção no que nos cerca, nas coisas boas e nas ruins também?
O mundo seria de que cor, nossas vidas seriam de que jeito?
E se o mundo fosse uma tão, e somente, profusão de sons e sentimentos. Se os conflitos entre países se resolvessem num concurso de dança? Se as lágrimas, hoje em abundância, secassem antes mesmo de chegar ao chão, pois um sorriso se abrira no meio do caminho.
O mar seria de que cor, nossas vidas seriam de que jeito?
E se os loucos fossem os sãos, se descobríssemos que nós é que eramos os diferentes?
Como seria se passássemos a mudar as pessoas e não o mundo?
Ah! E como seria se o egoísmo não existisse, se fosse varrido de nossas almas, do nosso ser? E se só existisse a vida, se a morte fosse apenas uma forma de trocá-la e assim viver novas experiências?
O céu seria de que cor, nossas vidas seriam de que jeito?
Como seria se todos nós, reunissemos todas as pessoas mais importantes em um só lugar,de preferência num lugar alto, e lá, observando as feições de cada um deles, lembrando os momentos que passaram juntos, os olhando firmemente nos olhos, gritarem uns para os outros: Ah! Como eu amo você!
E de lá, do lugar mais alto, todos pularem de mãos dadas, rumo a sensação de liberdade, a sensação de voar.
O ruim é que no vôo sempre há o risco de nos machucarmos. É por isso que, muitos continuam sem a coragem para o "eu te amo", sem o grito, sem o canto, sem o respeito, sem o vôo, apenas imaginando de que cor seria o mundo, o céu e o mar se suas vidas fossem diferentes.
Como seria se tudo fosse diferente?
***
Foto: "Liberdade" de Carlos Magno